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Dr. Futuro Médico: o que você precisa saber para ter um currículo impecável
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  • outubro 22, 2020

Dr. Futuro Médico: o que você precisa saber para ter um currículo impecável

Você vai concordar comigo que a maioria das pessoas procura um caminho fácil para se obter o sucesso que tanto almeja dentro de suas carreiras, e a verdade é que não existe fórmula mágica para se tornar referência dentro das suas áreas. O que existe mesmo é uma trajetória de muita dedicação e compromisso.

Quando analisamos as práticas de pessoas que se tornaram referências dentro de suas áreas é fácil ver que em seu dia a dia práticas infalíveis são levadas muito a sério. E são esses hábitos que farão você se destacar no mercado médico.

Independente do momento do curso que você estiver hoje, esses hábitos devem ser levados para o resto da sua carreira. E você vai descobrir o por quê.

imagem de fundo - mulher estudando

Tome nota!

1- O seu curso é o início de uma carreira. Logo, será o início dos seus trabalhos como um profissional da área. 

Trabalhar a sua imagem profissional vai além de roupas e notas. A forma como você reage às atividades dirá muito como será visto como médico. Aquele aluno que tem uma relação cordial com as pessoas à sua volta, se mostra empenhado e acima de tudo está atento ao que é oferecido, tem mais chances de ser indicado e se tornar uma referência para seus pares.

2- Liste seus objetivos: Semestral, anual, de cada ciclo e pós faculdade.

Desse modo fica mais fácil organizar e aproveitar o que esse período tem a te oferecer. Um dos principais erros na faculdade é não ter um objetivo claro. Além de saber o que quer e onde quer chegar, saiba seus limites. Não arrisque sua imagem profissional com sobrecarga de trabalho. 

#revise seus objetivos!

3 – Conheça pessoas (Professores, colegas de faculdades, especialistas, prestadores de serviço…)

Network é uma ferramenta fundamental na área médica. procure conhecer e mostrar suas habilidades nos seus meios de convivência. Além disso, não use os eventos médicos apenas para comer salgadinho. Esses locais estão cheios de pessoas que normalmente você não teria contato no seu dia a dia, é o ambiente propício para troca e criação de vínculos. Coloque em prática suas soft skills sem medo de ser feliz!

jovens médicos - opinando

4 -Estude!

Se algum dia você ouviu que médico não para de estudar, isso é verdade! O conteúdo dado pelas universidades é extenso, mas não é totalmente completo. Além disso, existe uma infinidade de materiais que a faculdade não irá te apresentar.

5- Não deixe para a última hora o curricular! Ele é parte fundamental

Faça uma lista extensa de atividades que você deve cumprir em 6 anos de graduação. E acredite. É tempo suficiente para aprimorar e desenvolver novas habilidades.

imagem de fundo

6- Invista nas atividades extracurriculares

E isso não deve ser apenas uma obrigação, mas sim uma forma para o aluno evoluir em áreas que a faculdade ainda não consegue alcançar.  Não fique com preguiça de fazer algum curso ou entrar em algum projeto. Além de ganhar visibilidade você ganha experiência nos mais variados meios da medicina.

7- Seja humilde e generoso

Tenha sempre algo que aprender e sempre ao que se ensinar. Não há dúvidas que a característica mais notável de pessoas que são referências é a humildade e generosidade.

Tenha certeza que médicos de referência possuem esses sete itens em seu currículo da vida. Pessoas que se destacam e se tornam referência são aquelas que entenderam que a chave do sucesso é partilhar e sempre querer aprender mais.

Ter a certeza de que há sempre um desafio a ser vencido pode te levar a alcançar vitórias maiores. Tá esperando o que pra colocar tudo isso em prática?

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  • agosto 17, 2020

Tudo que você, Dr. Futuro Médico, precisa saber para redigir e-mail profissional de excelência

A escrita de emails é uma habilidade das mais usadas para se conseguir novas oportunidades na medicina. Pedido de estágios, de internatos internacionais e de trabalhos voluntários – tudo isso pode ser conquistado por meio de um simples email. Mas que esse email simples seja também perfeito, não é mesmo? Escrever é uma soft skill daquelas que você não vai querer ficar sem! 

Aprenda com a gente a descrição de como um email deve ser escrito. Você está preparado para conquistar o mundo médico? Então vamos!

QUAL É O SEU ENDEREÇO DE EMAIL? 

Repare se o seu email tem aparência profissional. Não use underline, algarismos ou apelidos. Não é necessário usar o seu nome completo – geralmente são usados nome e último sobrenome. Caso você tenha um email institucional, ele é uma ótima opção para conversas com professores.

COMO O SEU EMAIL DEVE SER DIVIDIDO?

Ele deve ser composto por linha de assunto, saudação, texto do email e fechamento. Vamos um por vez.

  • Assunto: deve ser de fato objetivo. Imagine se você estivesse recebendo um email com o assunto que você escreveu. Está claro e direto?

Segundo a Georgia Institute of Technology1, uma pessoa média recebe cerca de 85 emails ao dia! CEOs e pessoas de relevância profissionalmente, como professores renomados, podem receber ao menos o dobro disso! Então… chame a atenção do leitor – seja claro, conciso e direto. 

Use de 25 a 30 caracteres, o que permite que o seu “assunto” não seja cortado em telas de smartphone (Você já tinha pensado nisso?)! Isso são de 3 a 5 palavras. Coloque palavras-chave e os termos mais importantes no início. Por exemplo: “Solicitação de encontro na próxima semana”.

Se você tiver algum título profissional, inclua-o. Por exemplo: “Aplicação para Entrevista de Emprego – Dra. Fulana de Tal.”. Você também pode colocar a data e o horário: “Reunião do Laboratório – 5 de maio às 17h”. 

Não coloque tudo em caixa alta, o que transmite a mensagem implícita de agressividade.

  • Saudação: formal e pouco familiar. Por exemplo: Prezado Professor Beltrano de Almeida. Cara Sra. Sicrana Gonçalves. 
  • Mensagem principal: seja breve e diga apenas detalhes necessários. Um ou dois parágrafos, com 3 ou 4 frases cada. Se você for pedir algo, peça apenas 1 ou 2 coisas. 

A mensagem é dividida em introdução, desenvolvimento e conclusão.

*Introdução: é uma frase única que fala quem é que está escrevendo e sobre o que será escrito. Essa pequena sentença é a sua primeira impressão no leitor. 

O autor pode se apresentar conforme o seguinte combo: nome + ocupação + instituição, se for o seu primeiro email para aquele destinatário. Por exemplo: “Meu nome é Sicrano de Holanda e sou estudante de medicina na Universidade X”.

Se você já estiver com uma conversa previamente estabelecida com o seu destinatário, não coloque seu nome aqui novamente, escreva simplesmente “Eu” e acrescente, logo após, o propósito do seu email.

*Desenvolvimento: descrição do propósito respondendo as perguntas: QUEM? COMO? POR QUÊ? ONDE? QUANDO? O QUÊ? 

*Conclusão: use palavras para apreciação, como “Obrigada/Agradeço pelo interesse do senhor no nosso projeto.”. Além disso, acrescente alguma frase como “Espero/Desejo que nosso artigo atenda às expectativas do senhor.” para ser positivo no final do seu texto!

CUIDADO: Não reclame! Se o seu email não foi lido, por exemplo, diga: “Talvez a minha aplicação esteja incompleta”. Faça uma auto-culpabilização para evitar que haja qualquer interpretação de que você esteja brigando com o seu professor! Se você pediu algo, já agradeça na conclusão. Ninguém gosta de fazer algo pelo qual não esteja sendo valorizado.

  • Fechamento: pequeno e simples. Por exemplo: “Atenciosamente”. Acrescente sua assinatura – primeiro e último nome, com o contato logo abaixo. Não se esqueça de que o código internacional do Brasil é +55, caso necessário. Por exemplo:

“Atenciosamente,

José das Batatas

+55 31 99999-9999”

CUIDADO: Não escreva o endereço de email do seu destinatário até conferir o que você escreveu. É fácil que você clique em “enviar” sem mesmo ter revisado.

“Escrever é 1% inspiração e 99% eliminação.” – LOUISE BROOKS

DICAS DE ORGANIZAÇÃO E DE ESTILO

Só escreva o que for necessário, use as SUAS palavras e diga a SUA mensagem. Escreva apenas as palavras NECESSÁRIAS. Para isso, não sobrecarregue o uso de adjetivos.

CUIDADO: Não use muita voz passiva ( – quando uma ação é feita por um sujeito, como em “A louça foi lavada pelo Josevaldo.”) e não use palavras grosseiras, como “o senhor deve fazer X.”. Isso é de uma grosseria extrema!

ERROS EM PONTUAÇÃO E EM CAIXA ALTA

Cuidado especial com pontos de exclamação (basicamente nunca deve ser usada! Se for utilizada, apenas uma vez!), vírgulas e ponto e vírgula. Aspas são usadas apenas em citações, nunca para dar ênfase, como em “Professor, eu gostaria “muito” de participar deste artigo.”. Observação importante: emoji só se usa em caso de grande desejo pela perda da vaga.

Use caixa alta apenas para nomes próprios. NUNCA DEIXE PREPOSIÇÕES EM CAIXA ALTA. Faça assim: “Senhor dos Anéis”, e não, “Senhor Dos Anéis”.

CONTEXTO DA COMUNICAÇÃO

Há duas classificações importantes sobre o contexto da escrita: comunicação de baixo contexto e a de alto contexto. Mas o que é isso?

Os comunicadores de baixo contexto são usados ​​para formas diretas, concisas e eficientes de comunicação. Muito valor é colocado na lógica, em fatos e na franqueza. Em geral, a América do Norte e a Europa Ocidental são os grandes exemplos..

A comunicação em culturas de alto contexto tende a ser não explícita e incluir uma linguagem mais descritiva com emails mais longos, o que ocorre no Oriente Médio, na Ásia, na África e na América do Sul.

É importante você saber essa diferença, para que tenha maior tranquilidade ao escrever para um laboratório europeu pedindo uma oportunidade de pesquisa, por exemplo. Como estudante brasileiro, você deve se lembrar de que a eficiência é alcançada focalizando as tarefas.

ENTENDA

Escrever uma carta da maneira apropriada é crucial para que você se destaque no seu ambiente acadêmico – muitas pessoas perdem oportunidades por ignorância do manuseio das boas ferramentas para comunicação! Não deixe ir embora a chance de pedido de um estágio internacional, por exemplo, – o que nitidamente pode exigir uma carta e, claro, o que pode acontecer uma única vez.

Se você já viveu alguma experiência com troca e-mail nesse contexto, deixe aqui nos comentários. Vamos adorar saber disso.

1https://www.coursera.org/learn/professional-emails-english?action=enroll&ranEAID=8WD%2ArW8tVwE&ranMID=40328&ranSiteID=8WD.rW8tVwE-c2gVtGf7A4gx.slgzxApUg&siteID=8WD.rW8tVwE-c2gVtGf7A4gx.slgzxApUg&utm_campaign=8WD%2ArW8tVwE&utm_content=10&utm_medium=partners&utm_source=linkshare

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  • agosto 12, 2020

ENTREVISTAS : SAIBA COMO SE PREPARAR E ELIMINAR O MEDO

Esse momento é geralmente o que faz a chave girar na vida de alguém – nada mais do que esperado que você invista total atenção nas entrevistas, não é mesmo? Faremos aqui um antes-durante-depois de quem marcadamente quer ser, de fato, contratado. Isso se chama INTENCIONALIDADE NA AÇÃO. Também abordaremos dicas de um ex-entrevistador de Harvard, que aborda as estratégias que não podem faltar se você quiser ter um desempenho EXCELENTE. 

Já tendo mapeado o que faremos, vamos com tudo?!

FASES DA ENTREVISTA

  • ANTES DA HORA H

Chegar atrasado não é uma opção. Chegar na hora também não é. Por acaso você não se preparou para estar na porta do local de seu vestibular vários minutos antes dos portões se fecharem? Da mesma forma, você não deve perder pontos antes mesmo da entrevista começar! Isso é observado pelo professor, ou sua secretária, e é interpretado como descaso com o processo seletivo. É definitivamente um tiro no pé.

O processo de desclassificação começa muito antes da entrevista.  As cartas de recomendação devem estar perfeitas – gramática impecável, linguagem formal, uso de palavras-chave (como algumas das palavras que colocamos aqui em caixa alta), específicas para o programa ao qual você está aplicando. Ter pouco ou nenhum conhecimento da empresa é o erro mais comum cometido durante as entrevistas.1 A liderança se prepara para desclassificar muita gente, e ser genérico em uma carta é péssimo e pode te desclassificar. A generalização, inclusive, é vista como falta de conteúdo do candidato, ou como pouco investimento para ao menos saber do que o projeto se trata. É chocante: 33% dos chefes sabem nos primeiros 90 segundos de uma entrevista se vão contratar alguém.1 

Roupas. Se você estiver fazendo uma entrevista na faculdade, uma blusa polo, com calça jeans e sapatênis são uma boa opção. Para as meninas, uma sapatilha, com jeans e blusa de tecido mais fino, sem um decote grande ou blusa de alça. Não peque com exageros ou desleixos. As pessoas reparam se você fez questão de estar naquela entrevista. Ao conhecer novas pessoas, 55% do impacto vem da maneira como a pessoa se veste, age e passa pela porta. Além disso, 65% dos chefes indicam que as roupas podem ser um fator decisivo entre dois candidatos quase idênticos.1

  •  NA HORA H 

Prepare sua mente para esse momento com uma música relaxante e com respiração abdominal. 67% dos chefes dizem que deixar de fazer contato visual é um erro não verbal comum1.Mas quem faria contato visual de modo natural se não estiver minimamente relaxado? Foque na entrevista, pense quais serão as suas palavras-chave. Afinal, você deve ser intencional. 

Preste atenção, caro aluno: a pergunta “número um” em probabilidade de ser feita é: “Fale-me sobre você”, ao passo que o erro “número um” em uma entrevista de emprego é: deixar de pedir o emprego, ainda que de forma indireta. Repetimos o que vale a pena ser repetido para você: seja sutil, mas que isso não afete a clareza da sua intencionalidade. Você terá ÊXITO na entrevista se souber bem o que espera você.

  • DEPOIS DA HORA H

Mande um email cerca de 24 horas depois falando sobre o quão bom foi conhecer um pouco melhor o ambiente de pesquisa/do projeto; diga que está disponível para quaisquer dúvidas e ofereça novamente seu contato. O efeito desse email é aparecer. De modo sutil, você deve mostrar que é diferenciado e fazer o entrevistador se lembrar de você. Poucos fazem isso, e essa estratégia te colocará na frente!

DICAS DE HARVARD

  • SEGUNDO EX-ENTREVISTADORES DE HARVARD, O QUE DE FATO GRANDES ENTREVISTADORES ESTÃO PROCURANDO?

“Você quer ser seletivo [afinal, escolher apenas 5% dos candidatos para essa universidade é ser realmente seletivo] e aprovar os estudantes que suportarão o RIGOR ACADÊMICO e os aspectos emocionais atrelados ao estudo em um local de ponta.”1 Os entrevistadores querem os alunos que de fato conversam, e que não apenas respondem a perguntas de forma robótica. Não fale pouco, isso reduz muito o diálogo e, honestamente, faz o entrevistador querer chamar o próximo!

  • PRINCIPAIS PERGUNTAS FEITAS PELOS ENTREVISTADORES

No que você está interessado em potencialmente estudar/trabalhar aqui? O entrevistador já leu a sua carta e sabe tudo sobre você, mas desenvolva uma boa conversa e dê grande noção do que realmente você quer fazer ali, ainda que você venha a mudar o seu percurso quando frequentar aquele novo ambiente. Isso serve para mostrar a sua CURIOSIDADE INTELECTUAL.

Qual foi a experiência mais negativa que você enfrentou na escola? As pessoas não estão preparadas para esse tipo de pergunta! E justamente por isso a sua honestidade e a sua autenticidade são exigidas. Não importa qual é a experiência em si, mas sim a sua habilidade de sair daquele problema e imediatamente entrar para o jogo de novo.

O que você faz no seu tempo livre? O que você tem lido recentemente? Qual foi o último evento cultural ao qual você foi? Essas perguntas não apenas evidenciam mais sobre a sua personalidade, como mostram se você se dedica ao que faz e se é diferente dos demais candidatos. O quão engajado culturalmente é você?

FOQUE EM NÓS, PORQUE NÓS FOCAMOS EM VOCÊ

Sugerimos fortemente a leitura dos sites indicados abaixo para inúmeros artigos que irão agregar muito na sua preparação. Você entendeu bem a relevância de um long post como esse? Isso certamente trará você anos-luz à frente dos demais candidatos! Nós da MEDBETA, queremos mudar a forma como os nossos alunos e candidatos olham para as entrevistas. É para ser leve e focado. Para aniquilar boa parte da tensão, se prepare com a gente!

1https://theundercoverrecruiter.com/infographic-how-interviewers-know-when-hire-you-90-seconds/
2https://www.google.com/amp/s/www.businessinsider.com/ex-harvard-interviewer-shares-the-questions-she-typically-asked-in-the-interview-2016-10%3famp

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  • agosto 3, 2020

DR. FUTURO MÉDICO, A MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS TEM LIMITES?

Se antigamente o acesso à informação era aclamado como a grande conquista, hoje temos que a vitória está em olhar com afinco para o conhecimento, descobrindo qual fração dele merece atenção e é digna de embasar uma conduta médica. No entanto, há limites para a estratégia da Medicina Baseada em Evidências (MBE) – nem tudo são flores nessa promessa assertiva.

O termo MBE surgiu na literatura no início da década de 1990, sendo definida como: “uma capacidade de avaliar a validade e a importância das provas, antes de as aplicar, no quotidiano, aos problemas clínicos”. Desse modo, têm-se 3 grandes pressupostos estruturais: 

  • prática clínica equivalente a decisões clínicas; 
  • melhores decisões clínicas usando previsões matemáticas; 
  • evidência proveniente de amostras populacionais mapeando decisões sobre pacientes 

Os limites

A tomada de decisão clínica exige a aplicação de pelo menos os conhecimentos pautados em evidência e de alta qualidade. Porém, a confiança nessa evidência pode diminuir por limitações do estudo; inconsistência dos resultados; provas indiretas; imprecisões; viés de publicação; e pouca ênfase em resultados de fato relevantes para os pacientes.

  1. Deveria existir ponderação mais clara entre pequenas peças de evidência de alta qualidade e estudos com quantidades relativamente maiores de provas de qualidade inferior. 
  2. A extrapolação é a extensão da informação e das conclusões provenientes de estudos em um subgrupo X da população e fazer inferências para outro subgrupo Y (como de adultos para crianças). 
  3. Outra limitação de interpretação é assumir de que a ausência de prova seja sinônimo de ausência de benefício ou de dano. 

O que fazer?

Todos os profissionais de saúde precisam compreender os princípios da MBE e de ter uma atitude crítica sobre a sua própria prática e a própria evidência. Em qualquer decisão clínica, a questão inicial deveria ser “O que é melhor fazer, para esta pessoa,neste momento, dadas essas circunstâncias?”. Um bom médico deve decidir racionalmente, pautado em experiência clínica, sobre a melhor evidência. E o médico deve saber decidir qual é a norma mais relevante para cada paciente.

Dando limites

Devemos estabelecer limites a partir da oposição aos extremos: ou usa-se de abundante tecnologia e aumenta-se desnecessariamente os custos do setor saúde; ou afunda-se na preocupação de evitar exames visando à economia de custos – em detrimento da resolução da doença ou de qualquer esperança de um diagnóstico precoce. Ainda é necessário o básico: uma anamnese e exame físico detalhados, associados a exames básicos – e suficientes para diagnosticar a maioria das patologias. 

Não seja simplista de transferir a numerologia estatística dos protocolos clínicos da MBE para a vida do ser humano, pois não define-se uma conduta dependendo de um percentual estatístico cru. E isso será apontado por qualquer estudo de qualidade da MBE: que reconhecerá em si os perigos de um olhar inocente ao poder da informação na medicina.

BROEIRO, Paula. Prática baseada em evidência e seus limites. Rev Port Med Geral Fam,  Lisboa ,  v. 31, n. 4, p. 238-240,  ago.  2015 .   Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732015000400001&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  02  ago.  2020.

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  • admin
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  • julho 28, 2020

COMO FUTURO MÉDICO, VOCÊ JÁ APRENDEU A VIVER?

Para uma pergunta complexa e existencial como essa, precisamos de alguém com boa bagagem filosófica para nos ensinar a respeito, certo? Pois bem, temos Platão como referência hoje. Platão foi enfático ao afirmar que o aprendizado real de como se deve levar a vida está na observação atenta e intencional da morte.

Mas refletir sobre o fim da vivência terrena serve para quê? Para uma grande exposição de medos, de arrependimentos,  de desejos não realizados e de mágoas não dissolvidas – e aí está o tremendo poder do raciocínio para prevenção de erros que não podem mais ser corrigidos. E como isso se encaixa na realidade do futuro médico?

O processo de profissionalização do acadêmico curioso – que chega à universidade para aprender as ciências da biologia humana, como histologia e anatomia-, não poupa o aluno de aprofundar em um assunto que provoca uma série de emoções.

Aquele primeiro contato com um corpo já morto no laboratório de anatomia humana; cuidar de um idoso cujo único serviço a receber é o cuidado paliativo; e aprender a abordar os pais que acabaram de ver seu bebê morrer… Interessante é, de fato, a proximidade do futuro médico com a morte – uma oportunidade inegável de aprendizado que você não pode ignorar.

Tempos de crise das finanças, das emoções e da saúde brasileira na vigência do COVID-19 são regados pelo medo, em especial o medo da morte. Platão deve se remexer vendo essa chance clara e imperdível de nos entregarmos, de fato, à conclusão de que precisamos aprender a viver por meio da reflexão sobre essa prova da fragilidade humana.

Bronnie Ware, uma cuidadora de idosas australiana, nos fez um enorme favor ao publicar seu livro Antes de partir 1 – um compilado dos maiores arrependimentos de seus diversos pacientes perante o fim da vida. E aqui iremos avançar nessa reflexão por meio dos 5 arrependimentos principais da obra autobiográfica de Ware.

 1. “Desejaria ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, não a vida que os outros esperavam”. 

Viver os desejos profissionais dos pais, evitar fazer uma tatuagem simplesmente pelo medo de retaliação ou seguir uma religião diferente daquela ensinada na infância – esses são exemplos bem vivos de como podemos perder a essência de uma vida de protagonismo em prol de um melhor encaixe à opinião social e aos desejos de terceiros. Não faça isso – se seu sonho for praticar medicina de família em uma família de cirurgiões, por exemplo, não hesite e tenha coragem.

2. “Desejaria não ter trabalhado tanto”

Trabalhamos porque amamos nosso trabalho ou porque amamos as recompensas advindas dele. Mas há uma vida para além dos hospitais que não pode ser deixada para outra hora: busque o seu equilíbrio com um olhar especial para as pessoas – são elas que, de fato, valem a pena a longo prazo. Claro que há um isolamento do aluno em prol de sua vida intelectual, mas não corte as pessoas dos seus dias que são sim findos.

3. “Desejaria ter coragem de expressar meus sentimentos”

A coragem é um requisito importante para se ter uma vida melhor. Poderíamos apostar que Platão refletiu sabiamente sobre a coragem que vêm do raciocínio sobre a morte: se a vida é uma só, a coragem ou é agora ou é agora. Seja honesto com as pessoas ao seu redor – e isso requer coragem.

4. “Desejaria ter ficado em contato com meus amigos”

Não se esqueça de quem, ao longo da sua árdua jornada, foi uma coluna para te sustentar, ou que foi a melhor parte dos seus momentos de descanso! Leve-os com você até onde a vida permitir, e não abra mão deles por falta de valorização.

5. “Desejaria ter me permitido ser mais feliz”

O sucesso não se busca, ele é consequente da luta por nossas conquistas. Mas a felicidade pode sim ser perseguida: sirva as pessoas com a sua profissão e com os seus estudos, seja apaixonado por detalhes do seu cotidiano e confira as belezas da natureza. A felicidade brotará no seu coração e lhe dará amor pela vida.

Em um discurso icônico de Steve Jobs a graduandos de Stanford 2, ele enfatiza a relevância da morte:

“Se hoje fosse seu último dia de vida, você gostaria de fazer o que está fazendo? Se a resposta for ‘não’ por dias a fio, é hora de repensar o rumo que você tem tomado na vida.”

E você, futuro doutor? Já pensou sobre isso?

1 WARE, B. The top five regrets of the dying: a life transformed by the dearly departing. São Paulo: Geração Editorial, setembro de 2012.

2 https://youtu.be/UF8uR6Z6KLc

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  • maio 28, 2019

Olá, mundo!

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  • janaina em A habilidade fundamental para o bom médico.
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