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#jalecobranco

  • Caroline Fabro
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  • abril 13, 2020

Imagem profissional: o médico deve se preocupar com sua aparência?

“É um ponto importante para o médico ter uma aparência agradável, porque aquele que não cuida do próprio corpo não está em condições de se preocupar com os outros.”¹ Esta frase foi dita por nada menos que o próprio pai da Medicina, Hipócrates, a cerca de 2.000 anos atrás. Isso evidencia que as relações humanas envolvem aspectos de comunicação tanto verbal, quanto não verbal, e isso é capaz de influenciar diretamente na forma como um indivíduo reage ao outro, essencialmente dentro da área da saúde, quando nos referimos à relação médico-paciente. 

A imagem clássica de um médico, quando se pensa na sua figura, é um indivíduo com roupa formal, um jaleco e um estetoscópio no pescoço. Nisso, já nos é evidente que a vestimenta do profissional não se tornou apenas uma maneira para identificá-lo como médico, mas representa um fator importante na relação médico-paciente, a qual soma seriedade e profissionalismo, significando que isso pode ser algo essencial na conquista da confiança do paciente. Isso porque uma consulta não se restringe apenas à linguagem verbal, mas outros componentes como vestimenta, comportamento, expressões e forma de falar. Tudo isso compõe uma linguagem não verbal essencial no atendimento médico.

Bem como um médico é capacitado a avaliar um paciente como um todo, observando-o desde o momento que ele entra no consultório, um médico também é constantemente avaliado visualmente pelo seu paciente.  Isso porque, da mesma forma que o profissional observa a forma de andar, a forma de falar e se expressar do paciente para levantar dados clínicos, a própria forma de se vestir, de expressar sorrisos ou seriedade no olhar, ou então como ele aborda verbalmente seu paciente pode ser bem ou mal visto pelo paciente.

 O Rapport, expressão francesa muito ensinada no curso médico, que significa a construção da relação médico-paciente, não se restringe apenas à forma de criar uma anamnese do médico, mas a forma que ele pode reprimir ou desinibir seu paciente.

O uso de calças compridas, sapato, e principalmente jaleco não possui apenas uma função de imagem, mas também de proteção pessoal. Heesu Chung et al evidenciaram em um estudo que o uso do jaleco branco é predominantemente melhor visto pelos pacientes, ao passo que esses se sentem melhor acolhidos quando recebidos desta forma, pois a expectativa do paciente concorda com a imagem do médico que o recebe¹.  Além disso, a própria vestimenta branca passa uma imagem clara de limpeza e organização. Entretanto, a imagem do médico não se restringe à vestimenta, mas ao seu comportamento verbal e não verbal diante do enfermo. 

Estudos demonstram que mais de 50% dos sentimentos são expressos de forma não verbal; comportamentos como o simples ato de chamar o paciente pelo nome ou expressar sorrisos durante uma consulta, além de manter maior contato visual, faz com que o paciente sinta-se acolhido, aumentando assim a sua satisfação com o atendimento².  Somado a isso, boa parte dos pacientes acreditam que um médico sorridente não apenas ajuda na consulta, como é capaz de auxiliar até mesmo na recuperação do indivíduo. Já médicos com posturas sérias demais acabam aumentando o distanciamento na relação médico-paciente, podendo assim até mesmo prejudicar a construção da anamnese e exame físico.  Assim, já não é mais recente a preocupação com a imagem visual do profissional médico, e estudos acadêmicos evidenciam que cada vez mais este fator é significativo para o investimento profissional³. Isso porque a linguagem pré-verbal é capaz de criar um preconceito não apenas com o público de pacientes, mas com outros profissionais do meio de trabalho. 

Justamente porque o médico não é avaliado constantemente apenas pelo seu público de pacientes, mas também pelos profissionais que o acompanham diariamente, como colegas de trabalho e de negócios. Uma boa aparência somada à atitudes e comportamentos ponderados são associados a profissionais responsáveis e respeitados, que tendem a se destacar no próprio ramo. 

Dessa forma, é muito válida a preocupação visual que Hipócrates já demonstrava à figura médica. Essa sinalização que já vem de muito tempo atrás nos chama atenção para um aspecto muitas vezes renegado pelos profissionais da área médica: imagem pessoal conta muito para a satisfação do paciente quanto ao tratamento.

A ciência e a boa prática médica evidenciam que o médico precisa investir em elementos que estão para além da técnica. O profissional de hoje, para se destacar no mercado, deve se preocupar com outros pontos que fazem total diferença no resultado do seu sucesso. Imagem pessoal, portanto, é um desses elementos e a ciência não nos deixa mentir.

Referências:

  1. Chung H, Lee H, Chang DS, Kim HS, Lee H, Park HJ, Chae Y. Doctor’s attire influences perceived empathy in the patient-doctor relationship. Patient Education and Counseling 89 (2012) 387-391.
  2. Rossi-Barbosa LAR, Lima CC, Queiroz IN, Fróes SS, Caldeira AP. A Percepção de Pacientes sobre a Comunicação não Verbal na Assistência Médica. Revista Brasileira de Educação Médica 34 (3):363-370, 2010.
  3. Porto, CC. A aparência do médico… E do estudante de medicina. Rev Med Minas Gerais 2015; 25(4): 605-606. DOI: 10.5935/2238-3182.20150129
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